Tendinite no calcâneo: Fortaleça suas pernas e previna-se da lesão

Tendinite no calcâneo: Fortaleça suas pernas e previna-se da doença

A tendinite no calcâneo, também conhecida como tendinite de Aquiles, é uma inflamação no tendão que liga o músculo da panturrilha ao osso do calcâneo. Esse tipo de lesão é bastante comum entre atletas que exigem muito da musculatura da perna.

“No caso de corredores a lesão se dá por uma fraqueza muscular, fazendo com que esse músculo faça mais força do que ele aguenta, ou por um desalinhamento do pé que pode gerar uma torção no tendão”, explica a fisioterapeuta Fernanda Lemucchui.

Causa

A Dra. Ana Paula Simões, mestre em Ortopedia e Traumatologia do Esporte, ressalta que a tendinite do calcâneo é uma lesão causada por esforço repetitivo e não tem relação direta com impacto sofrido durante a atividade física. Assim como outras lesões, ela pode ser causada tanto por aspectos internos quanto externos.

“Os fatores intrínsecos que resultam nessa lesão do calcanhar têm a ver com o peso da pessoa e a fraqueza muscular do tendão, que é o principal motivo. Já os extrínsecos podem ser desde treinos apenas em superfícies muito rígidas até o aumenta da planilha e da carga sem o planejamento adequado”, afirma.

Além dessas causas, a pessoa que pisa errado e que ao correr aterrissa com a parte posterior do pé, com o tempo pode acabar com uma tendinite no calcâneo, pois o impacto na pisada deve ser dividido por toda a sola do pé para não sobrecarregar o calcanhar e o tendão .

Sintomas

“O primeiro sintoma é a dor localizada na parte de trás da perna. Mas ela pode se expandir ao longo de todo o tendão. A região mais comum é o terço médio que é uma parte que possui menor vascularização, isso costuma causar muita dor e torná-la mais frágill”.

Em alguns casos, a pessoa pode ter uma tendinite insercional, que ocorre quando o tendão se insere no calcanhar e por conta dessa tensão, a dor passa a ser no osso também. “Apesar de ser no osso, ela é chamada de tendinite porque é um avanço do estágio inicial da lesão e dependo do caso pode até formar um esporão e caracterizar a Síndrome de Haglund. Por isso é tão importante tratá-la logo no início e impedir que evolua.”

Prevenção

Uma vez diagnosticada a lesão não pode ser ignorada e os treinos devem ser interrompidos. Segundo a Dra. Ana Paula há algumas medidas que o atleta deve tomar a fim de evitar a tendinite no calcâneo.

“Os corredores devem fortalecer não só o tendão de Aquiles e sim os quatro grupos musculares da perna: extensores, inversores, reversores e o posterior, do qual o tendão faz parte. Toda a musculatura da perna, inclusive a coxa, deve ser fortalecida, pois trabalhar apenas uma parte gera um desequilíbrio e deixa a pessoa mais propícia às lesões. Fazer um treinamento progressivo, evitar aumentos súbitos, seja de intensidade ou volume, e usar sempre o calçado adequado com um bom sistema de amortecimento são essenciais”, recomenda.

Já para quem pisa colocando muita força no calcanhar é indicado que use um tênis com uma elevação na parte de trás, para o tendão de Aquiles ficar um pouco mais relaxado.

Tratamento

Qualquer incômodo deve ser observado, se a dor persistir é necessário procurar um médico para fazer exames complementares e tratar a lesão com medicamentos anti-inflamatórios e até fisioterapia em alguns casos.

A dor pode ter diferentes níveis, um deles é a por apalpação, que só é sentida quando se aperta o lugar. Para a Dra. Ana Paula é importante não ignorar nenhum dos tipos e não esperar que seu desempenho caia para buscar um especialista.

“Além da dor, há alguns sinais que são visíveis, como por exemplo o local da lesão ficar um pouco inchado e vermelho e formar nódulos. Mas todos os outros sinais também devem ser observados. A tendinite pode fazer o corredor diminuir a performance”.

A fisioterapeuta Fernanda Lemucchi explica como funciona o tratamento da tendinite de Aquiles. “A sequência começa com medidas anti-inflamatórias, passa para o fortalecimento muscular e é finalizada com a correção do padrão adotado na corrida. Não existe um tempo certo para o tratamento, pois as pessoas se recuperam de lesões em velocidades diferentes. O retorno ao esporte só é indicado quando o atleta estiver com a musculatura fortalecida e treinada para correr, o mais importante é realizar o gesto esportivo sem sentir dor”.

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