História da Medicina Desportiva em São Paulo

Nos fins da década de 30, um problema preocupou as autoridades ligadas ao campo da Educação: os alunos do curso secundário precisavam praticar exercícios físicos durante as aulas de educação física, porém não se sabia qual delas apresentariam problemas de saúde, o que impediria a prática regular de atividades físicas. Se, por qualquer motivo, um aluno passasse mal ou tivesse algum problema de doença correlacionado com a carga das aulas de educação física, quem seria responsável?

Naquele tempo, o esporte no Brasil era muito empírico e os atletas, em grande parte boêmia inveterados, em nada se pareciam aos atletas de hoje, pois pouco ou nenhum atendimento médico recebiam, sendo os treinamentos muitos rudimentares.

A Primeira Especialidade Médica no Brasil

Para resolver o problema das escolas públicas, o Governo Federal promulgou a Lei 1.212, datada de 1939, em que instituída o currículo para os cursos de Médico Especializado em Educação Física, a ser desenvolvido em Escolas de Educação Física oficiais ou oficializadas, que habilitara os médicos ao exame dos alunos para a prática de atividades físicas e esportivas em todos os graus de ensino, fato esse que configura a Medicina Desportiva como a primeira especialidade médica reconhecida no Brasil.

Em 1940, a então Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo (hoje Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo) criou o curso de Medicina Especializada em Educação Física, cuja primeira turma, composta de 24 médicos, foi aberta em 1941. Ano após ano, foram se seguindo novas turmas, com número variável de alunos, porém a partir de 1970, quando o Governo Federal começou a fazer propaganda do binômio Esporte e Saúde, investindo na promoção de saúde através do esporte, aproveitando o sucesso alcançado com a seleção brasileira no Campeonato Mundial de Futebol, conquistando o tricampeonato, é que o curso teve maior procura de médicos, que também começaram a se interessar pelos efeitos da atividade física e do esporte sobre a saúde do ser humano.

O Curso de Especialização

Aos poucos, o interesse inicial do exame para os escolares foi sendo deixado de lado e começou a haver um interesse maior pelo esporte propriamente dito, tendo a especialidade deixada de ser Medicina Especialidade em Educação Física e se transformado em Medicina Desportiva, e hoje chamamos de medicina do exercício e esporte.

Com a mudança da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo do Ginásio do Ibirapuera para o prédio próprio na Cidade Universitária em 1974, o curso que era realizado no período da manhã passou a ser realizado á noite, tendo com isso trazido grande quantidade de médicos que se inscreviam para cursá-lo, chegando, inclusive, á realização de uma prova seletiva, tantos eram os candidatos. Exigia-se para a inscrição o diploma em medicina, inscrição no Conselho Regional de Medicina e documentação comprovatória de que o médico exercia algum tipo de atividade profissional ligada ao esporte, á atividade física ou ser um praticante de qualquer modalidade, devendo anexar o seu currículo esportivo com a relação, dos campeonatos e das provas que participou, bem como de seus resultados.

Neste curso, os médicos, além das cadeiras teóricas (anatomia, fisiologia, metabólica, biométrica, cinesiologia, traumatologia e socorros de urgência, avaliação, psicologia, fisioterapia, etc.). Eram obrigados a participar das cadeiras consideradas práticas (atletismo, natação, futebol, voleibol, basquetebol, handebol, halterofilismo, ginastica artística, ginastica geral, etc.) onde, independente de seu condicionamento físico e das suas habilidades esportivas, eram obrigados a vestir um uniforme da Escola e a participar ativamente. Por várias vezes a Associação Atlética Acadêmica Rui Barbosa, da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo, tentou realizar uma competição poliesportiva entre os alunos de Educação Física e de Medicina Desportiva, o que nunca foi aceito, por motivos óbvios.

Em 8 de junho de 1976 a Sociedade de Medicina Aplicada á Educação Física de São Paulo recebeu a denominação de Sociedade Paulista de Medicina Desportiva.

Na década de 80 o curso passou a serem realizados a cada dois anos, por decisão da Congregação da Escola de Educação Física, tendo sido interrompida a sua realização a partir de 1986.

Em 1990, a Escola Paulista de Medicina criou um curso de especialização em Medicina Desportiva, de duração anual, com aulas teóricas realizadas no período noturno, que vem se desenrolando normalmente exigindo que o inscrito tenha diploma de médico.

Em 1994, preenchendo a lacuna do curso ministrado na Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo, a Faculdade de Medicina Desportiva do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, utilizando os diversos docentes das diversas clinicas do Complexo do Hospital das Clinicas, da Faculdade de Medicina e das disciplinas esportivas da Escola de Educação Física, exigindo para matricula o diploma de médico e pelo menos dois anos de Residência Médica, sendo desenvolvido no período da manhã.

A Criação da Sociedade

Para resolver o problema das escolas públicas, o Governo Federal promulgou a Lei 1.212, datada de 1939, em que instituída o currículo para os cursos de Médico Especializado em Educação Física, a ser desenvolvido em Escolas de Educação Física oficiais ou oficializadas, que habilitara os médicos ao exame dos alunos para a prática de atividades físicas e esportivas em todos os graus de ensino, fato esse que configura a Medicina Desportiva como a primeira especialidade médica reconhecida no Brasil.

Em 1940, a então Escola Superior de Educação Física do Estado de São Paulo (hoje Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo) criou o curso de Medicina Especializada em Educação Física, cuja primeira turma, composta de 24 médicos, foi aberta em 1941. Ano após ano, foram se seguindo novas turmas, com número variável de alunos, porém a partir de 1970, quando o Governo Federal começou a fazer propaganda do binômio Esporte e Saúde, investindo na promoção de saúde através do esporte, aproveitando o sucesso alcançado com a seleção brasileira no Campeonato Mundial de Futebol, conquistando o tricampeonato, é que o curso teve maior procura de médicos, que também começaram a se interessar pelos efeitos da atividade física e do esporte sobre a saúde do ser humano.

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